O mistério das pirâmides e o grande enigma de Órion

Alguns egiptólogos consideram-na como sendo monumento funerário e outros como uma espécie de observatório astronómico.
Sua orientação particular e diversas características de sua arquitectura, nos fornecem indicações assombrosas sobre o conhecimento dos egípcios no que concerne aos movimentos dos astros no céu, diversas medidas importantes, a posição de certos corpos celestes etc… Mas não basta dizer que a Grande Pirâmide foi construída para testemunhar os acontecimentos dos antigos sábios. Seria minimizar seu papel e sua importância. Este monumento devia reproduzir todos os traços do Universo, sendo destinado à ser dele (Universo) o “duplo”, o -KA-. Da mesma forma que o Universo veio à vida ao apelo do Divino Logos, a Pirâmide representava a primeira montanha que emergiu da massa das águas primordiais do NUM. A montanha primordial ATZLAN dos Astecas do México era uma reminiscência que aparentava a mesma ideia.
As Pirâmides eram cercadas ou por uma fossa cheia de água, ou por um muro evocando por sua forma o signo hieroglífico designando a água.
A ideia dos construtores era portanto a mesma: representar a montanha primordial aparecendo fora da massa das águas. O próprio nome da pirâmide, “pyrmus”, significava : “saindo ao ser”.
Encontramos a mesma raiz em diversas palavras que tinham relação com a manifestação do poder criador. Por exemplo, o “nascimento” se dizia: “per-msb”, que significava literalmente “SAIR DA PORTA”. O LIVRO DOS MORTOS era chamado “per-m-khrou”, isto é, “a saída para a luz”. ”Per-Khrou” era o nome do poder criador do verbo, que, “chamava à vida” um objecto inanimado.
A própria forma da pirâmide, representava um raio de sol petrificado, fixado permanentemente à terra, e sobre a qual o sol “repousa por um momento devorando sua sombra”. A pirâmide constituía pois, simbolicamente, uma parte do corpo do sol. A razão pela qual a pirâmide tornou-se o lugar de sepultura é evidente, pois todas as preces do morto eram no sentido de que fosse admitido na barca solar afim de atravessar, as sombrias passagens do DUAT. Parece lógico que, para que suas preces fossem ouvidas, ele devesse ser sepultado numa construção que representa ela própria um “raio de sol”.
Isto concerne à quase totalidade das pirâmides que encontramos no Egito, e que são, com efeito, monumentos funerários construídos sobre câmaras contendo um sarcófago.
Mas isto não concerne absolutamente à Grande Pirâmide de Gizé, a única que foi construída, desde o fundamento até o cimo, com a precisão requerida por um instrumento, uma jóia e que encerra para toda a eternidade, em cada uma de suas medidas, as correspondências essenciais com o Universo. Todas as outras pirâmides eram reproduções grosseiras da forma geral da Grande Pirâmide, sem ter dela nem a precisão, nem a execução perfeitas.
Este monumento eterno, além de seu papel de resumir conhecimentos astronómicos, era destinado a servir de santuário para o culto solar, no qual se realizava o Mistério da mais alta Iniciação.
   
Grande Pirâmide e Câmaras
O corredor de entrada desce num ângulo de aproximadamente 26º. Este corredor vai de encontro a um outro que sobe segundo um ângulo sensivelmente igual. Este se divide, a certa altura, em dois corredores que levam, um a uma galeria no teto elevado, chamada : “A GRANDE GALERIA”, a qual conduz à “CÂMARA DO REI”, e outra horizontal, a uma outra câmara conhecida sob o nome de “CÂMARA DA RAINHA”.
Se compararmos a disposição destes corredores com as passagens figuradas sobre as pinturas murais que representam o trajeto do sol através do “HADES”, não se pode deixar de notar pontos comuns.
A entrada simboliza a PORTA DOS INFERNOS onde o morto desce, desaparecendo na obscuridade entre as montanhas de Abidos. A descida prossegue até o encontro com o CORREDOR ASCENDENTE.É a hora do julgamento.Este, em razão dos pecados cometidos em sua existência encarnada, é condenado à destruição, ou, como diz o texto do “Am-Duat”"vai para a região de Soker” (o deus da terra), desliza ao longo da descida que representa ofalso caminho RESTAU.Ele cai no fosso e é tragado sob o monte de areia de Soker.Aquele, que ao contrário, provou por sua vida direita que é digno da vida eterna, merece a recompensa da ressurreição e se eleva pela passagem ascendente até a nova bifurcação.A passagem ascendente é chamada no LIVRO DOS MORTOS: “Caminho da Verdade nas Trevas”. Quando chega a este ponto, lhe é deixada a escolha. A porta que se abre para o corredor horizontal representa a porta HADES no mau caminho RESTAU. Este corredor conduz à câmara das “coisas secretas de RESTAU”, através da qual o deus (preparando sua ressurreição) não passa, mas (os que estão nesta câmara) ouvem sua voz”. (Am-Duat-4ªdiv.)
II – O LIVRO DOS MORTOS chama esta câmara: “CÂMARA DO 2º NASCIMENTO”. Isto significa que, apesar de aqueles que escolheram este caminho tenham renunciado à elevação suprema predestinada, lhes é permitido “ouvir a voz do Logos” e eles estão conseqüentemente capacitados a reparar seu erro, implorando a Deus que lhes conceda a permissão para alcançar o caminho verdadeiro.
Resta “A GRANDE GALERIA”, chamada no LIVRO DOS MORTOS: “O CAMINHO DA VERDADE PARA A LUZ”. É a ascensão para o lugar da ressurreição. Ele representa o trajecto do sol se elevando para o lugar de seu nascimento nas montanhas orientais. Este lugar misterioso do nascimento do Sol é simbolizado pela “CÂMARA DO REI”. O teto da passagem horizontal que conduz a esta câmara é rebaixado por três enormes pedras que obrigam aquele que quer penetrar na câmara a abaixar-se muito, por três vezes. Esta passagem é chamada no LIVRO DOS MORTOS: “VESTÍBULO DO TRÍPLICE VÉU”. Esta passagem impõe o último obstáculo antes da alma ser definitivamente admitida no lugar da ressurreição, que o LIVRO DOS MORTOS chama de: “A CÂMARA DA TUMBA ABERTA”. Um sarcófago de granito de bela feitura se encontra na CÂMARA DO REI.
Não há tampa para esta “TUMBA ABERTA”; ela jamais foi utilizada para conter o morto e jamais foi destinada a este uso.
Um outro traço importante que caracteriza a Pirâmide de Gizé, é seu perfeito sistema de ventilação. Nenhuma outra pirâmide, nenhuma outra tumba do Egito, foi provida de ventilação de espécie alguma. E isto é perfeitamente compreensível, pois as tumbas eram feitas para conter corpos mortos que “não respiram”. Nenhum ser vivo podia penetrar numa tumba após os funerais, pois ela era selada e sua entrada obstruída por pedras; ela se tornava um “lugar secreto”, a morada do morto. O simples fato da existência de um sistema de ventilação instalado na Grande Pirâmide deveria ter chamado a atenção e mostrar que este monumento não era destinado aos mortos, mas ao uso de pessoas vivas, que tinham necessidade de respirar.
É preciso ter presente na mente que as representações do Duat foram compostas pelos sacerdotes da época tebena (XI e XX Dinastia) quando o dogma foitornado muito complexo.
**Tudo o que foi escrito é baseado em documentos autênticos e não é de forma alguma baseado em especulações, nem em imaginação fantástica.
Marisa Castello Branco
III – AS PIRÂMIDES E O MISTÉRIO DE ÓRION
As pirâmides de Gizé têm estimulado a imaginação humana. Quando foi erguida, a Grande Pirâmide tinha 145,75 m de altura (com o passar do tempo, perdeu 10 metros do seu cume). O ângulo de inclinação dos seus lados é de 54º54′. Sua base é um quadrado com 229 m de lado. Mas, apesar desse tamanho todo, é um quadrado quase perfeito – o maior erro entre o comprimento de cada lado não passa de 0,1%, algo em torno de 2 cm, o que é incrivelmente pequeno. A estrutura consiste em mais de 2 milhões de blocos de pedra, cada um pesando de duas a 20 toneladas.
Na face norte fica a entrada da pirâmide. Um número de corredores e galerias leva ao que seria a câmara mortuária do rei, localizada no “coração” da estrutura. O sarcófago é de granito preto e também está orientado com as direcções da bússola. Surpreendentemente, o sarcófago é maior do que a entrada da câmara. Só pode ter sido colocado lá enquanto a construção progredia, um fato que evidencia a complexidade do projecto e como tudo foi cuidadosamente calculado.
São cálculos assombrosos. Por exemplo, se você tomar o perímetro da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua altura, chegará ao número pi (3,14159…) até o décimo quinto dígito. As chances de esse fenómeno ocorrer por acaso são quase nulas. Até o século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito.
E isso é só o começo. A Grande Pirâmide pode ser a mais velha estrutura na face do planeta, é a mais correctamente orientada, com seus lados alinhados quase exactamente para o norte, sul, leste e oeste. É um mistério como os antigos egípcios conseguiram tamanha precisão sem utilizar uma bússola – assim com é incrível que até agora ninguém tenha aparecido com uma explicação para o enigma.
Ao que parece, todas as construções na planície de Gizé estão espectacularmente alinhadas. No solstício de verão, quando visto da Esfinge, o Sol se põe exatamente no centro da Grande Pirâmide e de sua vizinha, a pirâmide de Quéfren. No dia do solstício de inverno, visto da entrada da Grande Pirâmide, o Sol nasce exactamente do lado esquerdo da base da cabeça da Esfinge e passa toda a cabeça até se pôr ao lado direito de sua base.
A geometria das três pirâmides tem sido uma fonte de confusão por muitos anos, por causa da maneira aparentemente imperfeita com que foram alinhadas. É curioso, porque foram os egípcios os inventores da geometria.
Por outro lado, a pirâmide está colocada num lugar muito especial na face da Terra – ela está no centro exacto da superfície terrestre do planeta, dividindo a massa de terra em quadrantes aproximadamente iguais. O meridiano terrestre a 31º a leste de Greenwich e o paralelo a 30º ao norte do equador são as linhas que passam pela maior parte da superfície terrestre do globo. No lugar onde essas linhas se cruzam está a Grande Pirâmide, seus eixos norte-sul e leste-oeste alinhados com essas coordenadas. Em outras palavras, a Grande Pirâmide está no centro da superfície terrestre. Ela é, por assim dizer, o umbigo do mundo.
Muitos arquitectos e engenheiros que estudaram a pirâmide concordam que, com toda a tecnologia de hoje, não conseguiríamos construir uma igual. Será ? Às vezes as pessoas preferem acreditar em qualquer coisa menos na capacidade do génio humano. Foi com essa intenção que, em 1944, um grupo de arqueólogos tentou construir uma réplica da pirâmide, sem usar a tecnologia moderna, nem mesmo a roda, mas seguindo uma escada proporcional de tamanho, tempo e número de operários 40 vezes menor. Isso resultaria justamente nos 10 m que faltam ao cume da Grande Pirâmide.
Cordas e varetas serviam como instrumentos para medição e demarcação do terreno, as pedras foram cortadas a cinzel nas pedreiras distantes, transportadas de barco e empurradas até o local da empreitada, ao lado de Quéops. O sistema utilizado para erguer as pedras foi uma combinação da rampa com as alavancas. Tudo como nos velhos tempos.
Para surpresa geral, as pedras foram se encaixando com precisão milimétrica e a construção progrediu, apesar dos atrasos provocados pelo desconhecimento do know-how da época, que teve de ir sendo desvendado na base da tentativa e erro. O que frustrou o sucesso da empreitada foi o tempo. Não deu. Se a equipe dispusesse de alguns dias a mais, além dos 45 dias determinados, teria construído uma Grande Pirâmide em escala.
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronómico sobre as pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e intrigante luz sobre o assunto. Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram reforçando sua teoria, mais e mais gente a foi aceitando.

Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy tenham sido os primeiros a notar que os “respiradouros” da pirâmide de Quéops apontavam para a Constelação de Órion, aparentemente com o objetivo de mirar a alma do rei morto em direção àquela constelação, Bauval foi o primeiro a notar que o alinhamento das três pirâmides era uma acurada imagem espelhada das Três Marias, como são chamadas no Brasil as estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o “cinturão” de Órion. A isso ele deu o nome de Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa (Alexandria), e passou a maior parte da sua vida trabalhando no Oriente Médio. Por muitos anos ponderou sobre o significado de Sah, a constelação de Órion e sua ligação com as pirâmides.
Bauval sabia que a aparentemente inconsistente disposição das três pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás das dunas. Ele mencionou de passagem que as estrelas que formam o cinturão do caçador pareciam imperfeitamente alinhadas, e não formavam uma diagonal reta. Mintaka, a estrela mais à direita, está ligeiramente fora do prumo. Enquanto o amigo explicava, Bauval ia vendo a luz – o alinhamento das três estrelas correspondia perfeitamente ao das pirâmides de Gizé !
Inicialmente Bauval usou o programa de astonomia Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450 A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da mesma forma que Órion está a “oeste” da Via-láctea, e na mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam exatamente do mesmo modo como são vistas hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de 26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As estrelas não estão paradas no espaço – elas têm o que se chama de movimento próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre outras coisas, de sua distância do local de observação. Estrelas que estão muito longe parecem se mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual, embora muitas outras partes do céu tenham mudado drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval verificar e construiu sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte – causa e efeito, direita e esquerda, leste e oeste, morte e renascimento – e nada era visto isoladamente. Eles construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final. A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466 recolhido na pirâmide : “Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com       Osíris…”
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bem-sucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida dessa grande jornada.
Autora : Lu Gomes
IRÁ A GRANDE PIRÂMIDE REVELAR SEU MAIS PROFUNDO SEGREDO?
No início do novo milênio, um pequeno robô abrirá um túnel porta que pode levar a uma incrível câmara enterrada -  o mais notável achado arqueológico de todos
Profundamente dentro do maior, mais antigo, mais alto e mais sagrado monumento deste planeta está um segredo fortemente guardado, um mistério que tem dividido a instituição arqueológica, assombrado as maiores mentes e intrigado aqueles que pensam que sabem o que pode, exatamente o que pode lá estar.
O monumento é a grande pirâmide de Gizé, a estrutura extraordinária cuja construção e propósito nos esforçamos para entender. Pode parecer incrível que mesmo com a tecnologia moderna a gente ainda não saiba exatamente o que está lá dentro, e que não tenhamos conseguido mapear cada câmara e túnel; mas devido aos seus surpreendentes blocos de pedra e construção fantástica, ainda não conseguimos.
A pirâmide relutantemente nos conta seus segredos. Mas parece provável que logo, o que seria a mais surpreendente descoberta jamais feita na grande planície de Gizé, será revelada.
Profundamente dentro da pirâmide, onde os blocos de pedra estão mais distantes do sol e envoltos na escuridão e na fria imobilidade dos séculos, jaz uma passagem secreta com uma porta em seu final. Acredito que por trás desta porta esteja uma câmara, oculta tão bem de olhos curiosos, que só pode conter os mais preciosos achados arqueológicos.
E apenas a jardas, talvez ligado ao que está atrás da porta, e sob aquele que é o mais misterioso e inescrutável dos monumentos, a Grande Esfinge, ainda existe uma outra câmara inexplorada. Entranhada na rocha sob a Esfinge, pode estar uma sala que os arqueológicas tem buscado por séculos: o fabuloso Hall of Records.
Isto é, na verdade, uma grande livraria – o mapa de uma civilização que antecedeu os faraós e cuja participação ao criar a sua grande dinastia. Se uma ou ambas as câmaras secretas forem encontradas, será o mais maravilhoso triunfo arqueológico do século e talvez de todo o milénio. E logo saberemos.
Os egípcios, que no passado tem resistido à busca do Hall of Records, porque isto pode reescrever sua antiga história, tem compreendido e finalmente concordaram em começar a voltar para as pás. As duas expedições – dentro da pirâmide e sob a Esfinge – agora são iminentes e acontecerão quando o Egipto marca o milénio com uma cerimonia centralizada na Grande Pirâmide.
Em 31 de Dezembro, na batida da meia noite, um helicóptero militar gentilmente planará sobre a pirâmide com 250.000 pessoas assistindo das areias e rochas vizinhas. A nave então vagarosamente descerá um brilhante triângulo dourado no topo da pirâmide.
Por milhares de anos a capa de pedra que encabeçava a Grande Pirâmide de Giza, tinha estado desaparecida. Mas, quando termina um milênio e começa outro, a pirâmide novamente estará completa, dando um pano de fundo maravilhoso para as descobertas que estão por vir.
Na medida em que continuam as celebrações externas à Grande Pirâmide, dentro dela um pequeno robô – equipado com uma câmera de vídeo ligada às redes de TV de todas as partes do mundo – continuará a elevar a abertura da pequena porta que se pensa levar à primeira câmara secreta. Foram gastos longos anos de persuasão e argumentação para chegarmos a este ponto.
Ela foi descoberta por uma equipe alemã em 1993 , é uma porta pequena que fica no fim de uma longa e estreita fossa e mede apenas oito polegadas quadradas. Inicialmente este fosso e três outros que a equipe alemã andou investigando foram interpretados como tendo propósitos de ventilação, mas mais recentemente tem sido interpretados como passagens pelas quais o espírito do faraó morto ascenderia às estrelas.
Na medida em que o robô da equipe alemã engatinhava pelo fosso, ele retornava imagens de vídeo. Mas depois de umas duas semanas, uma jornada de 70 jardas, tudo subitamente foi suspenso. A equipe pode ver que o obstáculo era uma porta de pedra com o que pareciam ser duas manivelas de metal, que mais tarde se mostraram ser de cobre.
A porta – é como uma porta corrediça e espera-se ser capaz de deslizar para cima os blocos do fosso, mas não faze-lo completamente. Na parte inferior da porta está uma brecha de uns 5 milímetros e também um canto faltando onde uma câmara de fibra óptica pode ser empurrada para ver o que fica além.
Até o momento ninguém tem certeza do que está atrás da porta, mas seja o que for que esteja lá, deve estar intocado por milhares de anos.
Poderia haver uma câmara secreta completa atrás dela. Se há, acredito que contenha documentos e manuscritos sumamente importantes, que resolverão de uma vez por todas os mistérios de como as pirâmides vieram a ser construídas.
Em resumo, eles serão os “escritos dos deuses”.
A evidência da existência de uma “livraria sagrada” é persuasiva. É sabido que o Rei Queops, que teve construída a pirâmide, decretou que ela deveria abrigar algo de máximo valor.
Também é sabido que o rei ordenou que uma câmara secreta deveria ser construída incorporada no projeto da pirâmide. É dito ter existido um cofre de pedra que continha algo tão incrivelmente precioso para a civilização deles que o Rei Queops certamente o teria querido colocado na câmara.
O que poderia ser este misterioso cofre de pedra? A carga mais preciosa, na minha opinião, seriam os “escritos sagrados dos deuses”. Isto explicaria porque o fosso tem somente 8 polegadas por 8 polegadas -porque pretendia-se que os manuscritos fossem elevados até o topo. Mesmo pelo fosso isto é relativamente inacessível, e não se fecha completamente. Isto para mim implica que os antigos construtores realmente queriam que a porta fosse encontrada e em último caso, o que pudesse estar escondido atrás dela.
Aqueles que fossem capaz de encontrar isto não seriam povos bárbaros, mas pessoas avançadas e sofisticadas que não teriam apenas os meios de alcançar a porta e abri-la, mas de fazer um uso apropriado dos tesouros misteriosos e preciosos que possam estar atrás dela.
Outros tem diferentes opiniões. Antes da descoberta da porta, os egiptólogos estavam convencidos de que não existia a tal câmara secreta, e qualquer um que insistisse nisto era exposto ao ridículo pelo sistema.
Mas a porta tem desencadeado um extenso sentimento de expectativa, com alguns dizendo que lá estarão os remanescentes de um UFO ou de um ser extraterrestre. Outros tem sugerido que lá está o local funerário ou uma surpreendente estátua do Rei olhando em direcção à constelação de Órion.
Outros estão completamente convencidos de que as autoridades egípcias já olharam atrás da porta. Este rumor foi alimentado quando a Grande Pirâmide foi fechada para restauração e limpeza em 1997.
As autoridades tiveram bastante tempo – e oportunidade – para enviar um robô ou uma sonda ao longo do fosso e tentar ver o que estava atrás da porta ao inserir uma câmara de fibra óptica por um dos buracos na parte inferior da porta. Os egípcios têm negado isto, mas parece inconcebível que uma tentativa será feita para abrir a porta durante uma transmissão mundial ao vivo pela TV, sem terem tido um ensaio geral antes.
Mas o que falar da outra câmara não explorada sob a Esfinge? É possível que a porta na pirâmide prove ser algum tipo de acesso mas haja também um outro caminho para a abóbada.
Aqui muitos acreditam que acharemos as verdadeiras origens dos egípcios e teremos luz sobre séculos da misteriosa e maravilhosa civilização perdida de Atlântida.
A evidência de uma câmara sob as patas da Esfinge foi encontrada por sismologistas americanos em 1993. Logo que esta abóbada foi detectada, as autoridades egípcias proibiram qualquer exploração posterior.
Então, em 1996, foi descoberta uma cavidade sob a parte posterior da Esfinge. E novamente, as autoridades egípcias pararam a exploração. E ainda um ano mais tarde as autoridades pararam novamente o trabalho desta vez em um túnel que conduzia de sob o resto da Esfinge para um antigo fosso a umas 200 jardas de distância. Somente agora uma exploração posterior da área sob a Esfinge foi sancionada.
Tal comportamento das autoridades combinado com períodos de estranho silêncio deles e do sistema egiptológico tem levado a um nível enorme os rumores.
Uma série de teorias de conspirações globais sobre o possível Hall of Records (Sala dos Registros) tem sido proposta, envolvendo governos estrangeiros, CIA, poderosos magnatas de negócios e agentes do governo egípcio [bem como eu].
Uma das teorias mais disseminadas a respeito do Hall of Records é que ele contém documentos de Atlântida. Há antigos sítios arqueológicos ao redor do mundo que ainda não foram datados com sucesso e que se parecem uns com os outros em sua estrutura. E é à Atlântida que muitos especialistas os ligam. Os arredores do que ainda é desconhecido e que se diz ter sido destruida a 10.500 anos atrás possivelmente submersa por uma grande mudança da terra e mares.
Esta civilização altamente avançada tecnologicamente geralmente é vista como jazendo em ruínas no fundo do oceano, mas alguns tem dito que pode ter existido no que hoje é a Antártica, coberta pelo gelo.
Esteja onde estiver, acredito que o Hall of Records seja colocado onde os sobreviventes terminaram e onde deixaram alguma forma de documentação, milhares de anos antes do nascimento do Egipto.
Geralmente é dito que as pirâmides tem 4.500 anos – mas há boa evidência de que possam ser muito mais antigas, e portanto construídas por uma outra civilização.
O geólogo de Boston Robert Schoch e o egiptólogo John West tem ressaltado que a erosão da Esfinge data de mais de 8.000 anos atrás.
E Graham Hancock e eu temos demonstrado que as pirâmides e a Esfinge estão alinhadas a sistemas estelares que só poderiam estar em um tal alinhamento a 10.500 anos atrás, o tempo em que a lenda diz que Atlântida foi destruída.
Ambos achados mostram que a Esfinge e as pirâmides foram construídas milhares de anos antes do nascimento da civilização egípcia.
Isto significa que Gizé deve ter sido construída por outro povo, diferente dos egípcios. Possivelmente pelos Atlantes.
As inscrições egípcias nas paredes, como aquelas de Denderah, se referem a antigos registros que seus deuses – a civilização que precedeu a deles – tinham escondido seus textos.
Ao estar nos túneis sob a Esfinge eu me enfiei no antigo fosso e acredito, sou uma das poucas pessoas vivas que estiveram tão perto do Hall of Records, se ele está lá.
Quando olhei para baixo do fosso, era como olhar fixamente para um buraco negro arqueológico. Mesmo com tochas era difícil ter uma perspectiva deste ambiente de submundo.
A escada de metal abaixo do fosso estava extremamente úmida e muito escorregadia. Era como se realmente olhasse para as entranhas do inferno.
A três quartos da descida, o ar fica parado e muito úmido e podemos ouvir a água gotejando das paredes e do teto.
Finalmente chegamos a uma grande gruta, obviamente cavada por mãos humanas. Percorri com um raio de luz o cômodo e entendi que grande parte do chão estava submerso na água. O sentimento de mistério e um curioso sentimento de atemporalidade eram predominantes.
No meio do cômodo estava um tipo de ilha formada de grandes blocos de pedra – obviamente pilares remanescentes ou colunas que uma vez embelezam o lugar.
Embora seja datada de 1.500 AC, senti que pode ser muito mais antigo. Em 1997 o equipamento sismográfico e o radar detectaram um túnel que leva da parte posterior da esfinge em direção a esta localização.
Tem sido encontradas evidências de um túnel que se dirige da gruta para a Esfinge. Quando fiquei parado no alto de um sarcófago neste ambiente não iluminado e misterioso, era muito tentador imaginar que os dois túneis estivessem ligados.
Através do “canal” ao redor da “ilha” (no qual eu não ousei entrar, por não conhecer a sua profundidade ou se conteria escorpiões e cobras), corria um túnel.
É dito que leva a nenhum lugar. Mas qual era o seu propósito? Porque se preocupar em cortar um túnel em tais circunstâncias tão surpreendentemente difíceis e que não levam a lugar algum?
Por um momento eu pensei que se o robô que estava na porta da Grande Pirâmide pudesse sentir, ele estaria sentindo o que eu sentia, como se ambas as luzes brilhassem sobre as obstruções que bloqueavam os nossos caminhos.
Agora não havia questões em minha mente de que uma outra expedição com um sofisticado equipamento de radar e de controle remoto era necessária para finalmente tentar descobrir o que está sob a Esfinge.
Achei apropriado que o milênio seja o tempo em que o trabalho começará a descobrir mais dos segredos de Gizé. Porque na meia noite de 31 de dezembro a estrela Sirius – a mais brilhante estrela no céu e uma das quais, acredito, tenha tido um forte efeito na formação da Civilização Egípcia – estará perfeitamente alinhada com o eixo da Grande Pirâmide.
Sirius – e a constelação a que está ligada, Orion – estão evidentes nos antigos registos egípcios.
 Os sacerdotes astrónomos iniciados do Egipto decretaram que cada ano novo deveria começar com a elevação de Sírios. Para eles, Sírios era um portento de riqueza, já que coincidia com o advento das enchentes do Nilo – por volta do Solstício de verão, quando as chuvas caiam abundantes na fonte do Nilo, na África Central.
Quando Sirius marca o milénio e começa a Idade de Aquário, nós ao menos devemos conhecer mais sobre a grande e antiga civilização do Egipto – e talvez descobrir uma outra, ainda maior.
E o que dizer disso?